Cabo Verde : Quem São os 7 magníficos de Paris2024

Cabo Verde vai estar representado nos Jogos Olímpicos de Paris2024 com 7 atletas, designadamente Samuel Freire, na meia-maratona, Jayla Pina e José Tati em natação, Nancy Moreira e David Pina no boxe, Victor Alvares d’Oliveira, na esgrima, e Djamila Correia e Silva no judo. Um grande esforço de um pequeno pais da susofonia que se saúda e valoriza.

Quem é Samuel Freire ?

Atleta do Vitória Futebol Clube, é detentor do record de Cabo Verde na Maratona, ao ter batido a sua marca pessoal na maratona de Sevilha, com um tempo de 02:11.01.

Samuel Freire será assim um dos 81 participantes na maratona masculina (70 por marca e 11 por vagas de universalidade), enquanto no sector feminino serão 97 mulheres (88 por marca e 9 por vagas de universalidade), segundo os números apresentados pela World Athletics, que poderia também ter elegido o atleta por estar como melhor cabo-verdiano no ‘ranking’ do órgão máximo da modalidade.

Samuel Freire, atleta cabo-verdiano. — Samuel Freire

Há muito radicado em Portugal, Samuel Freire tem dupla nacionalidade e vai competir pelo seu país de nascimento numa altura em que é detentor do título de campeão português dos 10.000 metros.

Em todas as provas em que tem participado, independentemente da envergadura das mesmas, o vitoriano tem estado em destaque. Exemplo da forma séria como aborda todas as corridas em que participa foi dado recentemente na cidade sadina. A 28 de Abril, Samuel Freire repetiu o triunfo que tinha alcançado na edição de 2023 da prova masculina da Alegro Meia-Maratona de Setúbal.

O cabo-verdiano conseguiu na 34.ª edição da prova estabelecer um novo recorde da prova, ao terminar a distância de 21,1 quilómetros que se correu entre o centro comercial Alegro Setúbal e o Largo José Afonso, com o tempo de 1:06.46 horas, menos 03.04 minutos que o anterior máximo, estabelecido em 2018 em 1:09.50. Duas semanas depois de vencer a Meia-Maratona de Setúbal é oficial: o vitoriano Samuel Freire vai participar na maratona olímpica.
O setubalense.com

Quem é Jayla Pina ?

Jayla Pina é uma extraordinária nadadora de Cobo Verde e estará a representar o País nos Jogos Olímpicos de Paris2024.

Jayla nasceu nos Estados Unidos em 2004 e já representou Cabo Verde nas Olimpíadas de Tóquio2020, onde competiu na especialidade de 100 metros.

Jayla foi a primeira nadadora Cabo Verdiana a chegar ao pódio de uma competição internacional , ao conquistar a 3ª posição nos Campeonatos Africanos de Natação realizados no Gana em 2021. O foeito foi alcançado na disciplina de 50m bruços.

Curriculum de Jayla Pina

2023-24 (Sophomore)

Qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 para Cabo Verde

Nomeado para a Equipe Acadêmica All-ACC

Terminou em segundo lugar em 100 peitos (1:04.76), e quinto em 200 peitos (2:2.27) e 200 IM (2:09.12) contra Minnesota

Ficou^em 29º lugar em 100 Peito (1:04.21),^30º em 200 Peito (2:18.06) e^46º em 200 Peito (2:06.26) no Campeonato ACC 2024

Temporada 2022-23

Sexto em 200 peitos (1:05.34), e sétimo em 100 peitos (1:05.34) contra Notre Dame/ Penn State

Oitavo em 100 peitos (1:05.68) contra Michigan/ Wisconsin

Quarto em 100 peitos (1:05.99) contra West Virginia

Conseguiu dois melhores tempos pessoais nos 100 peitos (1:04.41) e nos 200 peitos (2:18.18) no Ohio State Invite.

Representou Cabo Verde no 16º Campeonato Mundial de Natação da FINA em Melbourne, Austrália… competiu nos 100 IM (1:05.18 – 24.º), 100 Peito (1:12.72 –^41º) e 50 Peito (33.49).

Ensino médio

Manteve os recordes da temporada nos 100 nado peito, 100 livres, 50 livres, 200 IM, 200 medley, 200 livres.

Nomeado para a Sociedade Nacional de Honra Portuguesa

Pessoal

Nascido em 23 de junho de 2004.

Filha de Leila Alfama.

Tem duas irmãs, Latroya e Malia, e dois irmãos, Troy e Myles.

Representou a primeira equipa de natação de Cabo Verde nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021 com o irmão mais velho, Troy… nadou nos 100m peito feminino, terminando em 40º lugar geral com o tempo de 1:16:96… Troy, nadou nos 50m livre masculino

Irmã mais velha, Latroya, Nadadora Cabo-verdiana, Atleta de Classe Mundial.

O membro da família, CJ Abrams, joga pelo Washington Nationals.

Major é pré-dental.

Retirado de PItt

Veja mais informação sobre o apuramento de Jayla para Paris 2024 aqui

José Tati ?

JoséTati, brilhante nadador de Cabo verde, tem apenas 16 anos e fará a sua estreia como o atleta mais jovem de sempre a competir por Cabo Verde nos Jogos Olímpicos.

O Comité Olímpico Cabo-verdiano esclareceu que o atleta qualificou-se através da vaga de universalidade, atribuída pela Federação Internacional da Natação.

Nancy Moreira ?

Ivanusa Moreira ( Nancy Moreira) , Pugilista cabo-verdiana, nascida em Tira – Chapéu, em 1988, descobriu o Boxe aos 23 anos. Aos 29, tornou-se mãe e aos 34, foi campeã africana e é a quarta do mundo em sua categoria (até 66kg). É atleta do cube de Portugal Arena Fight Team, em Portugal.

A pugilista é uma das atletas mais premiadas da sua modalidade, tendo em 2022 conquistado a medalha de prata no Campeonato Africano de boxe, competição que decorreu em Maputo, Moçambique,^[somando um total de 93 competições, 82 vitórias e 11 derrotas.

Ocupa o 4.º lugar no ranking mundial e a 2.ª posição em África na categoria 63-66kg.

Concretizou o sonho de estar em Paris 2024, ao é um dos grandes nomes que lutam no Pré-Olímpico Africano, no Senegal.

Confira a grande reportagem e destaque dados pelo Olympics.com

Boxe, maternidade e o sonho Olímpico de Nancy Moreira: ‘Com determinação e foco tudo se consegue’

Cabo Verde é um arquipélago ao noroeste da África, que também tem o português como língua oficial. Pouco mais de 600 mil habitantes lá vivem. Outros milhares saíram das ilhas para tentar a vida em outros lugares.

Um país pequenino, orgulhoso de sua história, de sua vanguarda política no continente e dos seus atletas que fazem sua bandeira ser vista e reconhecida por todo o mundo. Recentemente, as mãos certeiras da sua seleção masculina de basquete deram muitas alegrias para a sua torcida, ao participar pela primeira vez de uma Copa do Mundo.

Relembre | A vitória histórica de Cabo Verde na Copa do Mundo de Basquete

É também através das mãos que Ivanusa Gomes Moreira, simplesmente Nancy Moreira, coloca Cabo Verde no topo do esporte.

Ela começou no boxe aos 23 anos. Tarde. Aos 29, foi mãe. Hoje, aos 34, é campeã africana da sua categoria (até 66kg) e atual quarta colocada no ranking mundial.

Nancy agora está em Dacar, no Senegal, para a disputa do Pré-Olímpico Africano de Boxe. No olhar, o sonho de dar uma vaga para o seu país e ter a chance de representá-lo em Paris 2024.

“Com determinação e foco tudo se consegue”, resume Nancy.

Em uma idade em que muitas pensam em pendurar as luvas, nada parece pará-la.

Com toda a sua experiência de vida e de ringue, dias antes de embarcar para o Senegal, ela conversou com o Olympics.com em entrevista exclusiva. Falou sobre o título africano e o objetivo de Paris, mas disse qual exemplo quer deixar, com toda a sua vencedora trajetória de luta – e de lutas.

Chegou a Portugal aos oito anos; no boxe, aos 23, através de um cunhado

nasceu na cidade da Praia, capital de Cabo Verde, em região conhecida como Tira-Chapéu. Ainda pequena, viveu com uma tia por três anos, enquanto os pais estabeleciam vida em Portugal como imigrantes. “Era uma boa infância [em Cabo Verde]”, lembra-se.

Aos oito partiu para a Europa, para encontrar pai e mãe, passando a viver no Porto. Não foi fácil. “No início foi complicado porque eu era pequena e era um mundo completamente diferente. Naquela altura havia muito preconceito, muito racismo e não era escondido, mas passados alguns anos a minha mãe conseguiu comprar uma casa e outro em outra cidade, que neste caso era [Vila Nova de] Gaia e desde aí foi bem melhor”, explica.

Na escola conheceu o atletismo, mas foi mesmo para o futebol. Torcedora fanática do Futebol Clube do Porto, jogou campo e, por cinco anos, o futsal.

Mas foi aos 23 anos, que umas férias e um ganho de peso, mudaram sua vida.

“Eu tinha um cunhado [António Pedro] que era campeão de boxe. Então ele disse para eu ir fazer um treino com ele, porque na altura estávamos em férias e ele falou ‘tu vens comigo para fazer um treino de boxe e ver se gostas’. E eu fui com ele. Só que fiz um treino em que fiquei de cama por uma semana, uma semana de cama, e nunca mais fui. Desapareci por um mês”, recorda-se.

No entanto, o ganho de peso continuava a incomodá-la: “Estava ganhando quilos e quilos até que eu disse ‘não, eu vou voltar lá outra vez’. Voltei com ele [o cunhado], treinei e fiquei por cerca um mês, aí mudamos de equipe, fui para outra academia em que fiquei por sete anos. Foi lá nessa nova equipe que eu que me tornei atleta mesmo.”

Boxe mudou sua vida

Nancy não esconde que procurou a modalidade em busca de perceber resultados em seu corpo. Queria não só perder peso, mas tonificá-la. O resultado lhe surpreendeu, sim. Já não podia mais parar, mas não apenas por isso.

Estava apaixonada pelo boxe. E mais, estava apaixonada pelas competições, a ponto de perder 10 quilos em um ano para só para levar à lona a melhor pugilista portuguesa da altura.

“Como eu comecei tarde, sem a base de haver começado cedo, eu sabia que eu tinha que me dedicar completamente àquilo. Eu queria ser alguém e queria ser apreciada por isso. Então eu treinei, eu treinava mais que toda a gente. Eu era a primeira a chegar e a última a ir embora, nunca pensei em seguir isso ou aquilo, era natural. Eu fazia aquilo porque era assim que tinha que ser, e eu seguia. Eu não estava imitando ninguém, mas eu sabia que por vezes para eu conseguir alguma coisa eu tinha que fazer mais do que outros. Então eu era sempre a primeira a chegar e a última a sair”, explica Nancy.

O boxe também proporcionou a oportunidade de conhecer seu marido, Jorge Silva, seu treinador e fonte de inspiração: “Ele é atleta profissional de boxe, então ele tem bastante, bastante experiência. É um dos melhores atletas em Portugal. Já foi número um e conseguiu importantes títulos. É um atleta com bastante experiência e que sabe muito. Sou uma sortuda por tê-lo ao meu lado.”
Nancy Moreira: boxe, maternidade e o sonho Olímpico (olympics.com)

David Pina ?

David Pina é um excelente Pugilista Cabo verdiano, de Santa Cruz, Interior de Santiago que estará presente em Paris 2024 após ter assegurado a sua qualificação ao vencer a final dos 51 Kg do Torneio de qualificação, realizado em Bangkok, Tailândia, ante um concorrente do Irão.

Pina

No corrente ano, Pina já tinha conquistado o Torneio internacional Porto Box Cup’ 2024, na categoria de 51k e perante mais de 600 atletas representantes de 16 paises

Boxe: David Pina vence torneio internacional Porto Box Cup’ 2024 – Inforpress

Em Maio em França, o Pugilista cabo-verdiano foi medalha de ouro no Torneio internacional Les Ceintures.

Em París, será a 2ª vez que Pina representará Cabo Verde em competições olímpicos depois de já ter estado em Tóquio 2020

Victor Alvares d’ Oliveira ?

Um verdadeiro lutador da vida e da esgrima de Cabo verde ! Bolseiro de Solidariedade Olímpica, Victor Alvares de Oliveira será o primeiro atleta de esgrima a representar Cabo Verde nos Jogos Olímpicos.

“O MEU PLANO ERA ESTABELECER A ESGRIMA EM CABO VERDE PARA DESENVOLVER A MODALIDADE PARA CRIANÇAS”

Victor Alvares d’ Oliveira

Confira a seguir o destaque dado pelo Olympics.com ao atleta

VICTOR ALVARES DE OLIVEIRA: “O MEU PLANO ERA ESTABELECER A ESGRIMA EM CABO VERDE PARA DESENVOLVER A MODALIDADE PARA CRIANÇAS”

Foto de Ludo Peressini (@alapointedufleuret)

Esgrima

Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas, proporcionaram a fuga de uma cama de hospital que o cabo-verdiano Victor Álvares de Oliveira desejava crescer na cidade francesa de Reims.

A asma grave fez com que Álvares de Oliveira tivesse que passar grande parte de seus anos de formação nos confins das enfermarias pediátricas. Subseuqnely, ele viveu vicariamente através das façanhas de luta de espadas de D’Artagnan e dos mosqueteiros.

Apesar de os médicos lhe darem pouca ou nenhuma chance de praticar esporte a sério, o garoto acabou como esgrimista – seja por acaso ou por projeto – assim como os heróis de seus livros.

Para acrescentar a este conto de fadas da vida real, ele representará o país natal de seu pai, Cabo Verde, em Paris 2024, tornando-se o primeiro esgrimista da nação africana nos Jogos Olímpicos.

Enquanto a maioria dos médicos que atenderam Álvares de Oliveira lembrava o jovem de suas limitações devido à sua condição, um médico o incentivava a testar os limites.

“Ele era o único que acreditava em mim, dizendo: ‘Ok, você pode fazer coisas. Vai ser difícil. Pode ser impossível. Então não seja duro consigo mesmo”, disse Alvares de Oliveira ao Olympics.com.

Para piorar, o futuro atleta também sofreu reações severas ao pólen, impossibilitando a prática de esportes ao ar livre. Ele pegou o florete pela primeira vez e, a partir daí, tudo se resumiu à esgrima.

Djamila Correia e Silva ?

Djamila é uma grande Judoca Cabo verdiana e medalha de prata no Campeonato Africano Júnior. A atleta já Djamila já disputou sete campeonatos mundiais desde 2017, com todas as derrotas na primeira rodada. Três vezes medalhada em Campeonatos Africanos -52kg, alcançou a prata em 2024 no Cairo e em 2022 em Oran e em Casablanca em 2023 conquistou o Bronze. ( Judo: Djamila Silva é medalha de bronze no Campeonato Africano de Dakar (expressodasilhas.cv)

Em 2016, foi medalha de prata no Campeonato Africano Júnior -52kg.

Cabo Verde com a maior representação de sempre

São estes. os 7 magníficos representantes de Cabo Verde em Paris 2024 que farão deste mega evento , os Jogos com mais modalidades e atletas representados pelo entraordinário pequeno País chamado Cabo Verde